sábado, 9 de agosto de 2008

Marketing de Experiência em Pequenas Empresas

Resolvi escrever um pouco mais sobre Marketing de Experiência, mas dessa vez voltado para pequenas empresas, motivada por um comentário do post anterior.

É interessante observar que o cerne do Marketing de Experiência está em fazer com que o momento da compra para o cliente seja algo memorável e inesquecível. É "apelar" para os 5 sentidos. Estudos recentes mostram que 90% do nosso cérebro reage por estímulos emocionais e sensoriais, e apenas 10% de forma racional.

Isso me fez lembrar do setor hoteleiro. O que será que dá mais efeito: um atendimento em um hotel qualquer totalmente padronizado ou, no momento da reserva, o atendente perguntar quais são suas preferências em termos de travesseiro, tipo de filme que você mais gosta para já deixar no quarto, se é fumante ou não etc. E se, ainda quiserem superar as expectativas, ao chegar no quarto, encontrar uma cartinha (personalizada com o seu nome, é claro!) de boas-vindas, assinada pelo responsável direto pela sua estada, um roupão branco e pequenos bombons. Uma vez inclusive, estive em uma pousada (que não é uma grande empresa), que além desses "mimos", o piso do banheiro era aquecido. O que dizer???? Isso é experiência!

Outros exemplos, voltados para varejo, podem ser citados, como a utilização de fragrâncias exclusivas e som, que levam os clientes a criar um vínculo com a marca. Tem também o formato de exposição de produtos, como um show room, de forma que o cliente se sente à vontade para pegar, experimentar, interagir e tomar a sua decisão de compra. Quem nunca passou um tempo em uma das muitas livrarias presentes nas cidades, lendo uma revista ou ouvindo um CD, e saiu de lá sem comprar um produto sequer? Além do serviço de internet, o espaço para crianças com contadores de estórias, o café e muitas outras conveniências. Por que eles fazem isso? Por que querem que você passe o maior tempo possível dentro da loja, em contato com a marca, e tendo momentos agradáveis. O cliente está disposto a pagar mais por essa diferenciação.

Vale reforçar também que isso deve fazer parte da filosofia da empresa como um todo. De nada adianta, um ambiente diferenciado e um pós-venda ineficiente, pois isso destrói a experiência anterior.

O Marketing de Experiência não é (ou pelo menos não deveria ser), algo difícil de ser implementado, independente do porte ou capacidade de investimento da empresa. Cabe a nós, profissionais de marketing, descobrir quais os pontos de contato mais eficientes e de que forma o consumidor quer ser abordado. Personalização é a chave de sucesso!

E vocês, tem algum case interessante (ou idéia) de marketing de experiência para pequenas empresas?

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